Há dias em que acordamos de manhã – eu e a minha pele, que dada a bela vontade própria de que é dotada mais parece um alter ego de minha pessoa ou, quiçá mesmo, um indivíduo de direito – e pensamos caramba, se calhar está na altura de começarmos a usar base. E já que vamos por aí, um rimelzinho também nos dava um ar mais ajeitado. E pronto, se há base e rímel então venha um pequeno e discreto risco, que já temos 31 anos e já começa a parecer mal.
Mas rapidamente nos lembramos que isso implicaria mais uns 15 minutos todas as manhãs, a somar ao mais ocasional do que deveria mas ainda assim frequente creme hidratante com protector solar. E acrescentamos os 15 minutos à noite, para tirar toda aquela porcaria da cara, a somar ao (mais esporádico) ritual de lavagem e creme hidratante e para as primeiras rugas (que ainda não temos, ora, nota-se que é eficaz). Por unanimidade decidimos que dormir é que é e adiamos a base e o rímel quiçá para os 32, porque o que seria desta cútis de (quase) pêssego se não fossem esses minutos extra.